sexta-feira, 8 de outubro de 2010

para sempre.


Não sei o que ficou. não sei sequer se permaneces aqui ou se foi a saudade que te trouxe novamente à tona. Sinceramente não sei.
Eu sinto. Sinto o piscar de olhos e esse teu respirar suave, quase imperceptível. Sinto a tua mão sobre a minha e o brilhar dos teus olhos a intimidarem-me a alma. Eu sinto-TE.
E sabes, tudo parece ser mais doloroso agora que não te posso ver nem ouvir que acabo por agir inconscientemente quase todos os dias.
Lembro-me das vezes em que, diante ti, mostrava a expressão mais fria que eu tinha, tentava transparecer ódio, enquanto que o coração... oh, esse sorria só por te ver.
Realizavas a façanha de me derreter num só olhar.
Contudo, não bastaram a minha palavra nem os sentidos gestos. Não bastou 1 ano para que te apercebesses que tinhas um valor tão único em mim, capaz de me fazer parar no tempo; que me cativaste, acima de tudo, pela serena forma como me olhavas e como interpretavas o meu olhar. Agora ninguém o faz, eu não deixo que o façam, tudo porque me faz recordar-te. Aliás, eu odeio tudo o que me faz lembrar de ti.
Ainda sinto o teu cheiro, o toque e a suavidade das tuas mãos. Ainda sinto o pesar do teu braço sobre mim.
Agora sei que não podes voltar. Não podes sequer intimidar-me com esse olhar novamente e muito menos abraçar-me como o fazias num acto tão protector.
Tudo porque tu, tu já não existes mais.

A saudade também nos molda. e hoje sou uma outra pessoa que não se arrepende de quase nada, mas das poucas vezes que te disse a "nossa frase", disso eu vou ficar eternamente arrependida. "vais ser sempre tu."

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