Sinto uma enorme vontade de falar , de desabafar , de deitar tudo para fora ... Todavia a minha boca cala-se, por receio, por desânimo , não sei ... Apenas sei que me sinto fraca, sinto-me como uma leve e suave pena que fácilemte é levada pela mais suave brisa do entardecer ... Mas estarei eu a "morrer" aos poucos, a "morrer" pela alegria que teima em não surgir ? Não! Tenho medo de proferir a palavra "Morte" ... será ela mais forte do que eu, já que força não é , de todo, a minha maior qualidade ? Não sei , simplesmente não posso responder a nada do que até agora foi dito , pois eu mesma , tal como tantos outros que pensam ser os "senhores do mundo" , não sabemos o significado da "Morte", na sua plenitude , na sua mais precisa definição ! Será ela o começo de uma nova vida ? Será ela o fim de um mundo repleto de questões , das mais ínfimas questões , que apesás de apenas interessarem ao futuro , nós porque julgamos ser "Senhores do mundo" , teimamos em trazê-las para o presente... Então aí tudo se baralha ... O que antes era um presente a viver , a aproveitar, transforma-se numa transfiguração do medo pelo futuro , um futuro tão certo que é a "Morte" . E ao pensar em tudo isto , em todas estas complexidades , estou certa que nem o ser mais astuto, inteligente e sem dúvida prespicaz consegue desvendar o seu mistério ! Quem me dera ser a sabedoria , assim tudo seria mais fácil ... Saberia lidar com os meus maiores medos de tal forma que eles se iriam tornar meros pormenores , sem a mínima importância !
(Fv)
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